Determinar o início do uso das cores antiguidade e na arte é muito difícil, uma vez que, nossos ancestrais já expressavam seus sentimentos nas paredes das cavernas com uso de pigmentos que encontravam na época. Porém, é possível transitar pela história e entender como ela se desdobra para se tornar o que compramos hoje com tanta facilidade, em latas e potes, para realizar o silk-screen, por exemplo.
Há mais de 2.000 anos, os egípcios coloriam paredes em pirâmides que ainda na atualidade expõe cores vibrantes e vivas. Pigmentos eram misturados à elementos pastosos para que pudessem ser manipulados mais precisamente, mas, não misturavam cores entre si, todas as misturas eram aplicadas separadamente. As cores que eles usavam, eram apenas: vermelho, amarelo, verde, branco, preto e azul. O processo de criação pedia uma camada de tinta branca sob as pedras e o recebimento do contorno das imagens em preto, para assim, serem preenchidas.
Esse método foi aperfeiçoado, como menciona Plínio sobre a cidade de Ardea em Roma. Naquele tempo, os tetos eram pintados com uma mistura de gema de ovo endurecida e pigmento, chamada “Têmpera”, dessa forma, era possível fixar a cor na estrutura desejada, sem que escorresse ou pingasse. Com isso, surgem várias técnicas, como os Afrescos, que eram utilizados em catedrais, que consistia na mistura de pós com água aplicada em gesso, superfície de paredes.
Os dois pigmentos mais utilizados a antiguidade foram o Vermellion e o Ultramarino, que davam um status de luxo à pinturas de reis e rainhas, graças a sua raridade e dificuldade de obtenção, que em muito só era possível por conta do comércio intenso entre regiões distantes.
O Ultramarino, surge da pulverização da pedra preciosa Lápis Lázulli, original do Afeganistão, era o pigmento mais caro encontrado na época e símbolo de ostentação. Muitas figuras religiosas da Igreja Católica levam essa cor em seus mantos como sinal de importância.
Já o Vermellion é feito de sulfeto de mercúrio e foi uma das cores mais importantes registradas na história! Ele deve ser absolutamente puro para manter sua malemolência e qualidade e não escureça. Ficou conhecido como “Pigmento da China”, já que a maior produção e exportação dele é oriundo do país. Ele é a reação entre o mercúrio e o enxofre derretido, e é um sinal de poder e nobreza!